“Só poesia, nada além disso”, na verdade é um título irônico. Vejamos, a poesia nunca é apenas poesia; se em algum momento o foi, desconheço. Obs.: O “nunca” vale dentro da minha sensibilidade para interpretar e sentir um poema. Acredito que a escrita da poesia seja o ato de esvaziar sentimentos, muitas vezes nada poético, como raiva, exclusão, perdas, saudades, ou memórias nunca experienciadas na realidade. Ou, simplesmente, podem surgir da tranquilidade de certo dia, em que o entendimento e a conveniência vêm nos lembrar que nada está sob nosso controle, nem mesmo o tempo em que escrevo. Tudo pode mudar repentinamente. E lembre-se, a sua mente, mente. Francisca Fernandes.